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O que é inovação aberta?
09 DE AGOSTO DE 2023
Muito se fala sobre inovação, mas o que bastante gente não sabe é que existe um conceito e muito estudo por trás disso. E um desses principais conteúdos é a inovação aberta, também chamada de open innovation, o termo mais disseminado, em inglês.
O Instituto Hélice trabalha promovendo processos estruturados de inovação aberta nas empresas associadas. O economista e professor Henry Chesbrough foi quem utilizou esse termo pela primeira vez, no livro “Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology”, lançado em 2003. No Brasil, a obra está disponível como “Inovação Aberta: como criar e lucrar com a tecnologia”, editada pela Bookman.
Neste livro, o autor explica inovação fechada, que envolve processos apenas internos de pesquisa e desenvolvimento, e a diferencia da inovação aberta. O texto resulta de sua experiência acadêmica e em empresas do vale do silício.
Imagine uma empresa que só busca fortalecer seus processos por meio da equipe que já tem, e outra que dialoga, conversa e expande sua visão a partir do trabalho de outras. Essa é a grande diferença: poder buscar no ambiente externo parceiros, tecnologias e recursos, que possam gerar sinergia com seus projetos de inovação para futuros produtos e serviços, criando uma grande rede de apoio.
Conforme Chesbrough, o aumento na mobilidade de trabalhadores especializados, o desenvolvimento do mercado de capital de risco, o surgimento de possibilidades externas às grandes corporações e a crescente capacidade dos fornecedores externos levaram à inovação aberta. Nesse novo momento, as empresas passam a reconhecer que o mundo é abundante em conhecimento.
É preciso, então, interagir com o mundo acadêmico e com outras empresas para gerar inovação. A lógica é de mão dupla, ou seja, na entrada e também na saída de ideias.
Já os autores Ellen Enkel e Oliver Gassmann, por sua vez, dividem a inovação aberta em três macroprocessos, conforme segue:
Processo de fora para dentro (outside in): enriquece a base de conhecimento da empresa com a integração de fornecedores, clientes e fontes de conhecimento externas;
Processo de dentro para fora (inside out): fornece ideias ao mercado, vendendo propriedade intelectual, multiplicando tecnologia e enviando soluções para o ambiente externo;
Processo acoplado: reúne os dois processos anteriores por meio de alianças com parceiros complementares em que dar e receber conhecimentos e ideias são essenciais para o sucesso.
Em resumo: a empresa deve analisar onde estão os avanços de conhecimento, invenções e alternativas de inovação para então estabelecer estratégias de relacionamento com diversos players – startups, centros de inovação e pesquisa, universidades, entre outros.
E é justamente nesses processos que o Hélice atua!