O Futuro Que Queremos: evento é resultado de missão a Medellín

07 DE AGOSTO DE 2024

Em abril deste ano, pouco antes das históricas chuvas de maio, tivemos a oportunidade de participar de uma missão especial para Medellín, na Colômbia. Esta missão agora está dando seu primeiro resultado concreto: o simpósio O Futuro Que Queremos, que ocorre nos dias 19 e 20 de agosto, no UCS Teatro.  

A imersão em Medellín foi uma iniciativa da Fundação Marcopolo e contou com a participação do presidente do Conselho de Governança do Hélice, João Paulo Ledur, e da nossa diretora executiva, Salissa Paes. A cidade colombiana passou do primeiro lugar como mais violenta do mundo para o primeiro lugar dentre as cidades mais inovadoras em 2016.  

O que foi feito de tão especial na Colômbia para alcançar esse resultado?! O evento trará a oportunidade de trocar experiências e debater assuntos importantes para que esse avanço ocorra também em nossa região. 

A programação terá as palestras “Como sabemos que estamos mudando o clima” e “Qual o risco da Inteligência Artificial tomar conta do mundo”, com Átila Iamarino. Também terá o painel “O futuro das cidades”, com Santiago Uribe Rocha; debate “O futuro da Inovação”, com Scheila Avila e Silva, Jean Edouard Tromme, Jorge Audi e João Paulo Ledur; painel “Diálogos para a transformação social e segurança pública”, com Ricardo Moreira de Vargas e Chiquinho Divilas; painel com Projetos Sociais de Caxias do Sul; e o painel “Cidadania x Desigualdade. A Formação do brasileiro do futuro”, com Caco Barcellos. 

Os ingressos para o simpósio são gratuitos e estão disponíveis neste site

Riqueza inestimável 

Para a diretora executiva do Hélice, Salissa Paes, conhecer Medellín pelas lentes do desenvolvimento por meio da inovação foi de uma riqueza inestimável. “Durante todos os dias de missão, recebemos uma enxurrada de informações e vimos na prática a transformação de uma cidade em todas as suas esferas”, resume. 

Conforme Salissa, a lógica da abundância é um dos aspectos que mais chama a atenção na cidade colombiana. “Em Medellín, eles acreditam na abundância, acreditam que tem espaço e recurso para todos. Eles colocam o que têm de melhor, onde mais se precisa. Foi dessa forma que iniciaram o movimento, levando o que havia de melhor, relacionado à infraestrutura, profissionais e recursos, para o pior lugar da cidade, o lugar mais violento da, na época, cidade mais violenta do mundo”, conta. 

Envolver as hélices 

A transformação de Medellín só foi possível por envolver pessoas de todas as hélices do ecossistema: governo, empresas privadas, sociedade civil organizada e instituições de ensino. Deram voz às pessoas de todas as esferas sociais. Com isso, criaram um compromisso coletivo, valorização da identidade e senso de pertencimento, focando no desenvolvimento da cidadania. 

A cidade possui como premissa políticas públicas e envolvimento de todas as hélices para garantir a continuidade dos programas.

“Um exemplo é o Parques del Rio, que possui projeto de 100 anos para criar um grande parque urbano na cidade. Até o momento, fizeram 3 quilômetros em quatro anos; o plano é de 27 quilômetros. E, para tudo, eles envolvem a população. Neste caso do Parques del Rio, criaram um concurso internacional de arquitetura para definir o melhor projeto para o parque. Em todas as ações que fazem nos bairros, eles envolvem os moradores e escutam o que eles desejam para aquele espaço”, relata Salissa. 

Mobilidade 

Medellín também foi a primeira cidade do mundo a utilizar teleféricos como meio de transporte público - há teleféricos por todo o lado. Na Comuna 13, o que chamou a atenção foram as escadas rolantes, que levam as pessoas morro acima e abaixo, sendo a única favela do mundo com escadas rolantes.  

Transformação 

A experiência em Medellín destacou o impacto da inovação na vida das pessoas e o quanto o pensamento inovador pode transformar uma cidade inteira.  

“Em suma, a viagem, além de inspiradora, nos provocou na prática a trabalharmos ainda mais junto aos diversos parceiros que temos, a agregar aqueles que ainda não se aproximaram da nossa rede de inovação e, especialmente, a fazermos! Somos privilegiados por já estarmos numa condição infinitamente melhor que Medellín quando eles começaram esse movimento. Temos certeza de que nosso hub vai ser um instrumento para potencializarmos ações de impacto nas nossas empresas e na nossa comunidade”, finaliza a diretora.