Liderança Feminina na Inovação: um desafio inspirador

27 DE JUNHO DE 2024

No Gramado Summit deste ano, a diretora executiva do Instituto Hélice, Salissa Paes Festugato, conduziu o painel Liderança Feminina na Inovação. Um tema que rende muitas e constantes reflexões, haja vista um mercado desafiador, com constantes mudanças e atualizações. 

Esse tema foi debatido com Cristine Wedig, gerente de Pessoas e Cultura na Sicredi Pioneira; Maria Júlia Bezzi, idealizadora e diretora criativa da Verso Habitat Criativo e Thamis Aline Zeni, gerente de Pessoas e Cultura da Rands e diretora da Conexo

O debate deu conta das experiências de carreira e liderança das participantes, passando pelos desafios vindos dos inúmeros papeis femininos que não apenas o trabalho: o autocuidado, a maternidade, as relações pessoais. O momento abordou como elas empreendem enquanto empresárias ou gestoras que intraempreendem nas empresas em que atuam. 

Contar com a participação dessas mulheres inspiradoras fez com que fosse possível extrair, de forma leve, um conteúdo inspirador e com muitas dicas de como trilhar uma carreira incrível, seja ela empreendendo ou intraempreendendo. Também trouxe como tentar conciliar todas as responsabilidades e que, quando não for possível, aprender a contar umas com as outras.

Iniciativas de valorização 

Diversas iniciativas pipocam aqui e ali para ampliar a presença feminina no empreendedorismo de base tecnológica e na inovação. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) criou recentemente o Comitê Estratégico de Gênero, Diversidade e Inclusão, com o objetivo de implementar políticas que ampliem a participação de grupos minoritários, como mulheres e negros. 

Existe, inclusive, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), é celebrado em 11 de fevereiro, desde 2015 – há menos de 10 anos. 

Já falamos, neste espaço, sobre o programa Mulheres Inovadoras, da Finep.  O programa da Finep tem como objetivo estimular startups lideradas por mulheres, de forma a contribuir para o aumento da representatividade feminina no cenário empreendedor nacional. 

Importante! 

Esse estímulo é relevante, pois os dados do relatório Female Founders Report, trabalho conjunto de Distrito, Endeavor e B2Mamy, apontam que menos de 5% das startups brasileiras são fundadas por mulheres. E, apesar de serem 4,7% do ecossistema, elas receberam apenas 0,04% do total aportado para startups em 2020, por exemplo. 

Informações do relatório “The global gender gap in innovation and creativity” (A disparidade global de gênero na inovação e na criatividade), por sua vez, dão conta de que apenas 31% dos pedidos de patentes internacionais continham o nome de uma mulher na equipe de proponentes em 2020. Não é nem como autor, é na equipe. 

Destacamos que ainda existe um longo caminho para que as mulheres possam atuar na inovação com mais espaço e representatividade tanto em pesquisa, quanto em novos negócios ou posições estratégicas nas empresas.