“Aprender a aprender é o caminho para a inovação”, defende Leonardo Gonçalves

31 DE JULHO DE 2023

O professor Leonardo Gonçalves defendeu a importância de desenvolver a habilidade de aprender durante uma master class da segunda turma da nossa Escola da Inovação, iniciativa do Hélice com a FSG, UCS e Uniftec. As inscrições para a próxima turma já estão abertas: https://www.escoladainovacao.com/ .

Leonardo é entusiasta nas áreas de Educação e Inovação, doutor em Inovação (Brasil/Espanha), professor da Unisinos, head de Projetos do Pacto Alegre, além de filósofo e voluntário da Nova Acrópole.

Conforme o especialista, nos próximos cinco a 10 anos, metade dos empregos tenderá a acabar, dando lugar a novos. “Por isso, não faz sentido aprender um conteúdo específico. O que mais faz sentido é desenvolver uma habilidade, a habilidade de aprender a aprender. Ou seja, ter autonomia para aprender o que vier”, explicou.

Diante desse tema, o professor abordou as diferenças entre modelos de aprendizados antigos e modernos. Segundo ele, existe um modelo padronizado, vindo após as guerras mundiais, mais unilateral. Existe, ainda, uma mentalidade inovadora, que pensa um aprendizado personalizado, considerando as diferenças entre as habilidades e os tempos dos estudantes. Por fim, é possível um aprendizado próprio, focado em cocriar, no qual estudantes e professores aprendem e desenvolvem conhecimento juntos.

Leonardo explicou que existem três princípios básicos da educação inovadora: o propósito de vida, o uso da tecnologia e a casa da vida. Conforme o professor, o aprendizado está conectado ao propósito de vida de cada um, que precisa ser refletido constantemente. A tecnologia, por sua vez, dá acesso ao mundo e ao conhecimento. Nesse contexto, o guia de aprendizagem é diferente do professor: o primeiro dá um suporte ao aprendizado sobre os conteúdos que são comumente compartilhados por meio da tecnologia, enquanto o segundo apenas repassa esse conteúdo.

A casa da vida traz a ideia de ambiente seguro para o aprendizado, no qual todos são aprendizes, e que estar aprendendo conecta as pessoas. A visão é que todos são globais, favorecendo uma nova mentalidade de aprendizado inovador. “Enxergar nossa condição como participantes do mundo nos dá uma mentalidade global e comprometida”, salientou.