Inovação aberta: você sabe o que é?

24 DE JULHO DE 2024

O termo “open innovation”, em português “inovação aberta”, foi criado pelo líder estrategista e autor Henry Chesbrough. Porém, a prática é mais antiga que o conceito.  

Ao longo da própria história comercial, as colaborações eram bastante comuns, incluindo a época do escambo, em que os produtores trocavam produtos entre si, tornando as atividades viáveis. 

A inovação aberta entra no conceito de inovação disruptiva, uma vez que busca uma ruptura nos modelos de negócios em atividade, na forma como se trabalha com inovação até então.

A aposta na coletividade tem se mostrado um modelo mais viável para as marcas no mercado. Isso se deve às trocas de expertises de cada agente do ecossistema, uma retroalimentação onde todos contribuem e todos crescem, aprendendo uns com os outros. 

Trazendo para as startups

É o movimento que acontece entre startups e o mercado investidor: um grupo de pequeno porte desenvolve uma ideia inovadora que pode ser incorporada em uma empresa maior, ou tem seu crescimento incentivado por um grupo maior.  

Da mesma forma, organizações de estímulo à inovação, como o Instituto Hélice, reúnem empresas com foco no futuro para criar uma rede colaborativa, inovadora e economicamente viável para todos.  

Nas palavras do criador do termo, “para as empresas, a inovação aberta é uma forma mais lucrativa de inovar, porque pode reduzir custos, acelerar o tempo de entrada no mercado, aumentar a diferenciação no mercado e criar novos fluxos de receita para a empresa”. 

Foco na viabilidade

De forma geral, a inovação aberta permite que as empresas não precisem manter uma estrutura para cada etapa do processo, o que tornaria a manutenção do negócio inviável - ou, como diz Chesbrough, nenhuma inovação acontece de forma independente. 

A adoção da inovação aberta contribui para o fortalecimento do mercado e a geração de empregos. “Conceitualmente, é uma abordagem mais distribuída, participativa e descentralizada da inovação, baseada no fato de que o conhecimento útil hoje está amplamente distribuído e nenhuma empresa, por mais capaz ou grande que seja, poderia inovar de forma eficaz por conta própria”, define o autor. 

Riscos em ficar de fora

Empresas que optam pelo completo fechamento de seu modelo de gestão tendem a se tornar ultrapassadas com muita facilidade, uma vez que dependem exclusivamente da estrutura própria para inovação e, não raro, ficam “engessadas” por uma cultura organizacional já consolidada, tendo uma visão restrita das oportunidades do mercado. Assim, levam mais tempo para desenvolver e operacionalizar uma inovação.